4.12.17

Diário de Bordos - Lisboa, 04-12-2017

A novela do hostel "Sal e azul" (não googlem, não vale a pena) acabou, finalmente: a senhoria não queria o aquecimento no quarto, ponto parágrafo. E eu não queria o quarto sem aquecimento, ponto parágrafo.

Dois pontos parágrafos de sinal contrário dão um ponto final, como bem sabem todos os que se interessam pela álgebra das letras. Voltei para o S/Y FURANAI, que é - para quem não sabe - o melhor veleiro a fazer passeios no Tejo. Isto poderia ser dito por causa da gratidão (e não teria nada de mal, se assim fosse) mas não é: é uma opinião objectiva baseada em factos e no já longo tempo que levo de trabalho com o barco e respectiva tripulação - que inclui uma das melhores stews com quem já me foi dado navegar, e toda a gente sabe a importãncia fundamental que uma stew eficaz, competente, simpática (e bonita, não estraga nada) tem para o charter, seja ele à hora, ao dia ou à semana -.

De maneira constipo-me à ida para Belém e à vinda de Belém, maldigo o frio - há sete anos que não tenho frio ou pelo menos a perspectiva de passar um inverno inteiro a tê-lo e este ainda mal começou - e procuro trabalhos, no plural. Tudo o que vier à rede é peixe e será aceite sem discussão, ou com muito pouca, vá.

Os trabalhos que procuro dividem-se em três tipos: desinteressantes mas que paguem, interessantes mesmo que não paguem e - isso existe - interessantes e que paguem. Tenho um ou dois de cada categoria no espeto; vamos ver qual ou quais deles saem primeiro.

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Enfim, constipo-me deixou de ser o verbo adequado. Merda! para o frio.

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